Saturday 25 December 2010

NATAL

FELIZ
E SANTO
NATAL

E BOM
RENASCER

JOSEJA DE ÓBIDOS - ADORAÇÃO DOS PASTORES

Tuesday 21 December 2010

21 de Dezembro de 2010

Muito a dizer, mas agora não há tempo.


One Heart, Seven Swords: Many Hearts, One SwordOne Heart, Seven Swords: Many Hearts, One Sword | AirMaria.com


A Writer's Life: Easter in Italy

A Chapel of our Mother God

Choosing a Virgin Mary Statue: a guide for devotees of Our Mother God

Outros Universos Femininos

Aquiu uma lista que posso ir acrescentando, de outros Universos femininos, um pouco em procura do supremo.... Aquele, verdadeiro...

JARDINERIA HUMANA

Sobre Karma

Alguns que pelo menos reflectem... ponderam....

The Delusions of Karma and Cause and Effect

Forum de discussão às vezes interessante  Welcome to Avalon!

O Encontro do Feminino

Encontro de há poucos dias, pérolas e diamantes que eu queria partilhar ...           e que tanto pensei irem alegrar o nosso Universo, dando-me a mim alegrias e caminhos de expressão e aprendizagem....!!


                                           *One God alone, none other God than She.
*One Law alone, none other Law than Her Law.
*God became maid that maid might come to God.
O credo das Amazonas
UM Deus spmente, nenhum outro Deus senão Ela.
UMA Lei somente, nenhuma outra Lei senão a d'Ela.
Deus fez-se donzela (?)  para que donzela pudesse chegar a Deus.

Neste artigo encontro pela primeira vez bastantes coisas que se aproximam do    todo um universo feminino.
Por outro lado, não esquecer que para os egípcios a mae Deusa é simbolizada não pelo Sol, mas sim pelo Céu, Espaço-mãe de todas as estrelas. 
Igual a Nossa Senhora, com o seu Manto de Estrelas.
Sírios é considerada feminina.... seria interessante saber o porquê.... desta diferenciação. 

Explico isto neste momento especial, apenas porque quero deixar aqui este artigo, o primeiro que encontro que exprime muita coisa do que sinto, o que contem ou continha a possibilidade de uma grande esperança e libertação.


Monday 20 December 2010

Thursday 9 December 2010

No teu Regaço, Só tive o Teu Regaço

12. But the Maid replied, saying: That which is right in the deepest heart of things, and in the centre of all being, that is right and none other; and the Truth alone is true. 13. Nor shall all the powers of the earth count against it, neither all the powers of the seas and the skies move it by the smallest fraction in all its vastness. 14. I shall obey none but My Mother, though all your power be turned in fury upon Me.
15. And the demons cried: Not our power, but the power of one far greater from whom our power derives.
16. And the Maid said: Thus may it be.
17. And the demons questioned Her, saying: Think You that Your Mother will save You?
18. And the Maid answered: She will do what She will do, and blessed is Her Name.
19. And the demons laughed, saying: Then are You abandoned to the uttermost darkness.
20. And the heart of the Maid fainted within Her.
21. And She said: Thus may it be.
The Mythos of the Divine Maid - Ch. 4

37. But she that followeth not the path of obedience resteth in the hands of the passions, whose wild winds blow this way and that;
38. She giveth obedience to the demons of the wind that lead her not into safety, but toss her upon the storm. They raise her up only to throw her down and take delight in her anguish.
39. The way of obedience is a safe harbour and a well-made vessel that shall bear the soul unto the nether shore.
The Heart of Water

21. Therefore speak not evil in idleness, nor fall into the custom of ill speaking; but govern your words even as your actions.
22. Speak words of love and innocence, of mildness and of hope, and you shall weave a raiment of peace about your soul, and a veil of gentle light.
23. Speak often prayers; speak them in the rhythm of your steps, attune them to the beating of your heart.
24. For She that governs the endless ages governs also the hour of every action. Let your voice call on Her in pure simplicity, for She is the Lady of the noontide and the Lady of the night, the Lady of the mountain and the valley.
Thoughts of the Mind

27. None shall call upon Me and be lost. Every cry of the world shall I heed; and when the whole of a heart cries upon Me, that soul shall I take beneath My mantle. 28. Cry and thou shalt have answer; love and thou art beloved, hope and thy hope shall be fulfilled, in this world and in all the worlds to come.
29. Hold thou fast to the Truth, for the Truth is a pillar; a steadifast pillar that all the world cannot shake. 30. Not by the breadth of an hair has it moved since time’s dawning, neither yet by the breadth of an hair until time have its end. 31. From the uttermost height of the Heaven descendeth the pillar; descendeth it down as a glorious pillar of Light. To the nethermost depths of the hells it descendeth; nor the might of the demons can move it the breadth of an hair.
The Pillar of Light
Mythology and Folklore: fairy tales from Eternity

The Ordinary Mind Is The Buddha Mind

The Ordinary Mind Is The Buddha Mind: By Harsh K. Luthar, Ph.D. | Luthar.Com: HarshaSatsangh

Underdog and Sweet Polly Purebred

Underdog and Sweet Polly Purebred: By Dr. Harsh K. Luthar | Luthar.Com: HarshaSatsangh: "www.toontracker.com/totaltv/underdog.htm"

BIO: Lion cubs attacked by elephants & alligators


Particular Única e Singular Advogada e Protectora de Portugal

 A PADROEIRA DE PORTUGAL, Nª Sª DA CONCEIÇÃO, COM DIGNA  REPRESENTAÇÃO EM ALENQUER, ESTÁ QUASE ESQUECIDA.
      Perde-se no decurso dos séculos, o sentimento honroso a que obedeceu a criação solene de tomar como Padroeira de Portugal a Imaculada Conceição. Hoje, estamos porventura esquecidos, desde que a partir de 1917 se desviaram as intenções para o culto e devoção em honra de Nª Sª de Fátima, e de suas alegadas aparições aos pastorinhos da Cova da Iria, em duas ou três ocasiões desse distante ano.
    Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade,de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja , o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição. E em Alenquer ?. Lembramos para já e por agora a Igreja de Nª Sª da Conceição em Pereiro de Palhacana. ....
    A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:
- assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição...
    O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais própriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. ...
    Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.
    A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV...
O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".
    Regressando agora a Alenquer, .... Estas solenidades religiosas que começam a 8 e encerram a 10 de Dezembro    


Depois deste juramento, os reis de Portugal, não voltaram a colocar a coroa real sobre as suas próprias cabeças. :)))))    Memórias e Imagens: Dia da Imaculada Conceição
Ora vejam só!!!
Pena que sendo os reis, reis para toda a vida... mal se note a dignidade e significado de tal gesto... quanto a resultados práticos.
Mas se cada dia, os nossos chefes de estado, reis ou presidentes, reflectissem sobre tal ritual !.....

Pode-se procurar o que há de errado com o dogma católico... conservando o que há de significado verdadeiro na veneração do aspecto "feminino" do sobrenatural e divino.
Dizem protestantes e católicos que a virgem não foi livre do pecado original.
Pois bem.... 
A verdade é que TODOS nascemos sem o tal pecado....
mas num mundo cheio dele e o corpo já delimitado pelas consequencias da ignorância, como é a forma como nos alimentamos.
Pois não está no mesmo livrinho que fala do pecado original, do dilúvio para limpar tudo? 
Apenas herdamos o pecado, os erros, a ignorância e a sociedade construida sobre as consequencias destes erros desta ignorância e egoísmo, uns dos outros, dos que nos antecederam... dos que nos rodeiam.... dos que vamos imitando, do que vamos aprendendo e fazendo...
E, há a questão crucial da liberdade de não fazer o mal ao nosso próximo.

Wednesday 8 December 2010

A Mãe do Universo

592×893(Francisco de Zurbarán: Inmaculada Concepción (1630-35)



Wednesday 1 December 2010

Christmas Food Court Flash Mob, Hallelujah Chorus - Must See!

Ah, o Céu descendo à Terra !!!
As mesmas lágrimas que Haendel disse ter chorado:


"....Existem músicos
que tocam flauta
ao acender das fogueiras celestes

E muitos, embora os não ouçamos,
ouvi-los-emos
e muito embora os não vejamos,
vê-los-emos:
Uma noite,
eles desertarão a sala de concertos,
para de mansinho pela madrugada se levantarem
e nos primeiros azuis
que da obscura noite se anunciam,
no espaço seus cantos lançarem
suspiros de ar, em tubos. Tremendo. "

(é dedicado a Al Berto, a quem chamo O Poeta Verde)


Ah, quem me dera que não tivessemos perdido tempo,
e que fosse já neste advento
que estivéssemos a realizar isto!!!!!!!!!!
:)))))

Mas não!
....
E tudo pede preparação!....
(longa preparação)
Uma preparação que o gelo, o frio humano
consegue adiar,
travar,
atrasar,
impedir,
dificultar, ocultar,
criticar,
odiar,
cobrir,
mas nunca
nunca,
destruir.

Tuesday 30 November 2010

♥♥♥Paixão Segundo João Carlos Martins

Passion indeed.
:))))




( Parte 06 )



:))))
♥♥


( Parte 07 )



( Parte 03 )


( Parte 03 )


Ah, crushed, is the term, yes, i know what that means. Colapso total. Yes. (BUT The difference is he can tell why, and I CAN'T. WHO can tell such a story?)
E
No momento em que eu vi você recuperar o título, eu pensei porquê que eu não posso voltar a tocar piano?
Assim !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


( Parte 05 )



( Parte 06 )

ver primeiro video



Entrevista no Jornal da Globo

Wednesday 24 November 2010

The silence of having too much to say

When one can not say something because one has too much to say, this need not be punished. Needs to be respected. And waited upon patiently.
The whole world would benefit so much if we would wait for the slow ones. They are slow because they are fast.

Sunday 21 November 2010

Art - religion, by Simone Weil

Simone traz-me Deus de volta:
"Hence all art of the highest order is religious in essence. (That is what people have forgotten today)". 
(Either i want to reach that art, or I can spare myself the effort.
To "want" that means to do everything necessary to become an instrument, and the way for women to reach this has maybe never been so difficult.)
"For, just as there is an art which is divine, so there is one which is demoniacal. It was no doubt the latter that Nero loved. A great deal of our art is of the devil.
Art will never be reborn except from amidst a general anarchy - it will be epic no doubt... it is therefore quite useless for you to envy Leonardo or Bach. Greatness in our times must take a different course. Moreover it can only be solitary, obscure and without an echo...."
Sometimes i think that i am more useful in religion then in art....

The chaos the anarchy the state of utter destruction and affliction that has overtaken me and my life, to the point that "God knows if there will be any more art at all coming out of these hands of yours my Lord".... all this maybe, is that anarchy that she said was necessary. Just like although i have some maps with good work, there's nothing like those small things of blood that i did... fresh at the suffering.

Monday 8 November 2010

Stranger in a Strange Land Part III

Stranger in a Strange Land Part III

Skeptic Bible Study: Henotheism

"Elohim é plural.Além disso a própria Bíblia fala em muitos lugares de mais deuses.... "



O que nos aacontece se rejeitamos seguir um deus, um ser evoluidíssimo e muito poderoso que não é Deus ?
Eu já tive uma situação assim. É bem complicado!!!!!
A que chamo eu Deus? isto sim, são conversas interessantes.... como Ramakrishna que gostava muito de ponderar sobre estas coisas....e só falar disto....
Mas primeiro é preciso estar com ....

Prometheus (tree) - Wikipedia, the free encyclopedia

Prometheus (tree) - Wikipedia, the free encyclopedia

it is probable that the tree was at least 5000 years old when felled. This makes it the oldest unitary (i.e. non-clonal) organism ever discovered, exceeding theMethuselah tree of the White Mountains' Schulman Grove, in California by two to three hundred years.

Andrea Echeverry abre su corazón





"Feminists are, as their name implies, opposed to anything feminine." Chesterton  From Come to Think of It

Monday 11 October 2010

Mudança de vida - melhor antes que depois

Uma coisa inacreditável aconteceu :

1. Telefonei à minha advogada.
UAU - consegui e o estômago ainda está bem e tudo
fiquei de escrever no mail - a ver se ela se orienta..........
3 assuntos primeiro, os mais suportáveis...

2. Vou buscar cartão "de crédito".
Mesmo coisa para mim: durante séculos ter um cartão de crédito a sério, que nunca usei.
Depois quando se torna indispensável, não poder ter.
Não ter cartão de crédito é qq coisa como ser analfabeto hoje em dia: não se pode funcionar.
Descobri que há cartão de crédito "recarregável", ao qual toda a gente em direito...

3. No principal: sózinha por cá, era de esperar.
Um armário está vazio, não, metade.

claro que não vou colocar tudo aqui. pq quem está aqui não está a fazer.
Mas
É assim: mais do mesmo.

Datas melhores de partida !

Finalmente.

Cascatas sumptuosas!
corre o ouro
e a luz
por sobre a vida

sentir o coração de novo.

Terão que ser duas semanas muito diferentes.
Tão curto!

Espero que sim.

Trabalho para 35.
Mas tem que ser possível.
Com concentração, muita, 
e "a little help from my friends" - who knows!!!






Dia 9 de Outubro noite fora

Ao organizar algumas coisas para levar para pintura....
finalmente cheiro a terebentina rectificada.
Bum. todos os 8 anos desaparecem.
Foi isso: morri naquele dia algures em 2002, quando tudo parou.

Mesmo apesar de todo o resto
apesar dos meses de meditação que se lhe seguiram
dos meses de introspecção
e de profundidade
de ter redescoberto o Sol irmão
e de me ter encontrado com a Luz que vê.
mas nada substitui
o que é necessário da vida...
o amor entre os homens.

por isso a concepção dos shamans está tão certa... que diferentes bocados da alma se têm que reunir...

Monday 4 October 2010

notas

Pour toi je m'engage à:
-T'encourager et te complimenter dans tes réalisations
-Respecter tes sentiments et tes idées
-Chercher avec toi des solutions à nos désaccords
-Ecouter ce que tu as à me dire
-Te laisser voir tes ami(e)s
-Ne pas t'humilier
-Ne jamais te forcer a quoi que ce soit
-Ne jamias te crier dessus ou t'insulter
-Te laisser libre porter les vêtements que tu aimes
-Te laisser libre d'avoir des activitées personnelles





http://www.poesie-poemes.com/modules/news/article.php?storyid=2660




Gabriel García Márquez

1) Amo-te não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo
2) Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te fará chorar.
4) Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração.
8) Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.
11) Sempre haverá gente que te irá magoar. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.
12) Converte-te em uma pessoa melhor e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és. 


Tuesday 28 September 2010

Sê tu a palavra

1.
Sê tu a palavra,
branca rosa brava.

6.
Da chama à espada
o caminho é solitário.

7.
Que me quereis,
se me não dais
o que é tão meu?
Música, levai-me:

Onde estão as barcas?
Onde são as ilhas?



Eugénio de Andrade

Untitled, Agbogbloshie Market, Accra, Ghana 2010 - PIETER HUGO

Untitled, Agbogbloshie Market, Accra, Ghana 2010 - PIETER HUGO

Friday 24 September 2010

Estas minhas horas H, que quase sempre acabam em nada

Hoje não.

Estes momentos repetem-se cada vez mais assiduamente: a certa altura do dia, tenho uma série de ideias luminosas de ligações entre as coisas blá blá - são sempre pelo menos 10 ideias - todas ao mesmo tempo.  Resultado, fico, normalmente sem conseguir fazer nenhuma.
Escusado será dizer que isto se deve apenas à situação, à falta da escola de que tanto precisava. Ou preciso.

"Mente", deixa-me em paz: já sabes que não posso fazer tudo.
Teremos que fazer uma coisa...

Monday 20 September 2010

à laia de ensaio com poema completo

Amigos

Mas alguma vez pensais que quem tem alma grande, deixa de a ter de um momento para o outro?
Nunca.
E assim é, portanto também, a respeito de Portugal.

Lembro-me que segundo Gurdjieff - em quem aliás não acredito senão parcialmente: mais um homem poderoso ao que parece muito envolvido com o sexo das damas mas desconheço ainda estes detalhes, e a relação entre isso e estes textos, não são agora para aqui chamada, se bem que seja relevante -....
Por ventura, segundo os ensinamentos sufis, (já que era esta a fonte de Gurdhjieff) e não só, a alma é coisa que a gente tem que ir criando. Talvez eles chamem ter que ir criando a alma ao que os místicos cristãos chamam limpar a alma. Querem os cristãos com isto dizer que é Deus quem faz e não nós, etc.
Chamemos-lhe "criar ou limpar", todos podemos sentir que a alma portuguesa ainda se busca ou buscamo-la nós. Mas a alma não é imortal?
Quando dizemos que um país chega ao fim.... que uma civilização morre... se morre... e tem alma, sobrevive a alma.... e consequentemente, dela nos temos que ocupar. Exactamente como também nos devemos ocupar da nossa alma.
Pouco importa portanto, para considerações acerda de nos ocuparmos ou não de Portugal, se estamos à beira da morte ou não. A alma aqui está: como um grito que chama pela nossa união.   
E quanto a mim ela, esta unidade de Portugal terra, portugal alma e portugal espírito, está bem viva, nada morta, por começar ainda! Quase por nascer...e... e aprender a voar!
(Mas as mães, as boas mães dos humanos, sabem que isso demora tempo, às vezes, quase a vida inteira...)

O melhor professor é o amor. E para algumas pessoas, é o único. Para mim, por exemplo, é o único. Foi o que aprendi, provavelmente à custa de ele ter sido escasso... :) (deixemos passar por agora o paradoxo. :).
Ok. O amor não existe sem o saber. Aqui, pode surgir-nos a pergunta do ovo e da galinha: o que vem primeiro, o saber ou o amor?
Bem... atrevo-me a dizer, o amor. 
Porque o amor não desiste, o amor é forçado, à custa do sofrimento, a procurar o saber. Não desistir, não ameaçar, não matar, são propriedades do amor.

Até mesmo o poema do Melro, de Guerra Junqueiro, é belo, mas é tempo de procurarmos outras soluções.
É tempo de compreendermos que o melro que tenta libertar seus filhos da gaiola, pode aprender a abri-la, ou talvez com a ajuda de mais melros consiga forçar a fechadura. Ou aqueles que prendem melros em gaiolas, podem ser levados a amar melros de melhor maneira, do que aprisioná-los, tudo sem assassínios... pelo menos, no caso de o Melro, ser um ser humano. Por de certo que o comportamento heróico de um melro não será heróico no ser humano. 

Diz-se hoje em dia, por exemplo, — e isso não será talvez ainda um problema em Portugal — que o homem se tornou "efiminado" (?), que há uma crise da virilidade. Mas essa crise, deve-se a um excesso de amor? Deve-se ao amor das mães que educaram os filhos de forma efeminada? Não.
Alguma vez nos atrevemos a dizer que a nossa sociedade é guiada por amor?

O Bahagawat Guita é um livro de ensinamentos espirituais, que apoia a guerra.

Vejamos este texto de "Uma Visão" de Yeats. (pag 53, edição relógio d'agua). Descreve-se o discurso de um homem que surge como sábio, guia espiritual:

"Após uma era de necessidade, verdade, bondade, mecanicismo, ciência, democracia, abstracção, paz, vem uma era de liberdade, ficção, maldade, analogia, arte, aristocracia, particularismo, guerra. Terá a vela da nossa era ardido até ao castiçal?
Caras aves predadoras, preparai-vos para a guerra, preparai vossos filhos e tudo quanto esteja ao vosso alcance, pois como poderá uma nação ou raça converter-se  sem guerra nessa brilhante "estrela sem igual" de que falava Shakespeare, a estrela que iluminava as estradas da infância? Submetei a arte, a moral, os costumes, o pensamento, à prova das Termópilas; fazei com que ricos e pobres ajam uns para os outros de modo que aí possam combater lado a lado. Amai a guerra pelo seu horror, para que possa transformar-se a fé, renovar-se a civilização. ... Quando uma raça descobre, através da aparição e do horror, que a perfeição nunca perece, nem a imperfeição pode por muito tempo ser interrompida, quem conseguirá deter essa raça? A fé renova-se continuamente na provação da morte. "

Na realidade este pensamento ainda é o que está na base da estrutura das nossas sociedades.

Todos os artistas e intelectuais alemães de antes da I Guerra mundial acreditavam que a guerra ia resolver os problemas de degeneração da sociedade. Deixaram de acreditar, quando a viveram, à guerra.

O facto é que vivemos numa sociedade e num mundo baseado em princípios de guerra. E a grande maioria das pessoas ainda acredita nela como maneira de resolver os problemas: eliminar o outro. Se assim não fosse, não viveríamos no mundo em que vivemos.

Deixando um outro tema de parte que aqui quis abordar, respeitante à solidariedade, à amizade, o que quero fazer é partilhar um poema de Augusto Casimiro. Ele era republicano, no entanto, penso que não há nada neste poema que desgoste os monárquicos ... ?

E eu gostaria de vos dizer aquilo em que eu acredito. É apenas a minha visão, e por decerto de acordo com a de outros e com a de Agostinho da Silva. Porém, estou mais certa do que nunca, de que esse é o contributo que um dia posso dar, para essa parte do caminho de Portugal:

Encontrar o caminho espiritual para a Índia, o caminho interior.  
Travar a Guerra, mas é a Guerra interior ! A Guerra que trata de conhecermos as ilhas desconhecidas dentro de nós, de ir às descobertas dentro de nós. Mas dentro de nós, não separados, mas ... de mãos dadas. Não para ficarmos lá dentro fechados, mas como base e verdadeiro governo das nossas acções políticas externas.
De darmos as mãos e meditarmos juntos, em vez de só cada um para si, e de nos unirmos numa fraternidade que nasça desta nova luz.
Penso que também a  Monarquia tem um significado interior:  tal como nos contos de fadas — e embora todas as dificuldades em realizar os sonhos! — cada um de nós é uma princesa e príncipe em potência, e um rei e raínha em potência, que procura a união....
Penso que podemos descobrir um novo sistema de governo, partindo do bom das antigas tradições, pois que o amor trará todo um grande e novo saber. 

Acredito no poema de Augusto Casimiro, se o transportarmos para a compreensão interior e espiritual e penso que se iniciarmos um movimento espiritual entre nós, nos uniremos finalmente, portugueses, e criaremos um país diferente.


E no fundo queria partilhá-lo convosco, esse poema:
Ele diz tanto mais, tanto mais do amor e do anseio que me vai na alma,
para pedir a vossa ajuda a eu, um dia poder ajudar
e, com todos vocês, 
poder fazer a minha parte,
a minha pequenina parte.

O dia foi muito cansativo e terminou cansado
Mas começou com a certeza de algo que queria partilhar convosco.
A que que a Monarquia, a Guerra, a luta, a conquista, a vitória e o bem
que procuramos para o nosso País
são as interiores.
E que com essa inspiração, guiados pelo espírito do amor,
formaremos o País por fora.
Protegeremos as suas riquezas que voltaremos a crescer e a criar
na agricultura, nas artes, num turismo não destrutivo, nos artesanatos.
E deveremos desenvolver um sistema económico para Portugal,
aparte a miséria financeira internacional.
Precisamos de acreditar mais em nós próprios :))) como vocês sabem melhor do que eu, ainda.
E depois, muitos se poderão juntar à nossa aventura....

Bem sei, outros já estão muitos avançados em fazer muitas coisas destas.

Mas às vezes há diferenças, que se tornam importantes.

Não sei. Sei que tinha que dizer isto hoje. 
Mesmo que imperfeita imcompleta e desageitadamente. 
Mesmo que não se compreenda bem a que propósito vem tudo isto...
ou que eu não vos possa explicar agora a que propósito vem tudo isto.

Talvez a propósito de as nossas sortes, a minha e a de Portugal estarem, realmente, ligadas, como muito simplesmente digo no meu simples poema: 

"Eu,
Portugal"

Talvez isso, se for preciso, eu possa vir a explicar .

Talvez porque cada um de nós, é Portugal.
Tu, és Portugal.

Swedenborg conta como a partir de certo ponto de vista celeste, cada povo de um país é um ser humano....

Hoje não posso acabar o poema, mas sim amanhã :






A TENTAÇÃO DO MAR

Ponho-me às vezes a escutar, atento, 
A voz do sangue, a voz da minha raça...
E em meus olhos, então, saudosos, passa
Uma visão que é um deslumbramento!

Em honras de amargura e de ansiedade,
Quando os meus braços tombam de fadiga,
— Ponham-me a ouvir aquela voz antiga
Religiosamente, com saudade...

É quando a noite cai silenciosa
E uma tristeza oculta chora entre nós,
Que eu ouço aquela voz misteriosa
E me esqueço a falar com meus avós!

É quando alguém me diz que tudo é morto,
Que a Pátria é morta e destruído o lar...
Quando vagueio pálido e absorto,
Com amargura e sem acreditar!

É quando eu vejo a terra abandonada,
O Passado esquecido... E escuto, além,
Na escuridão da noite envergonhada,
Insultarem a Pátria, a própria Mãe...

Quando oiço o Mar ao longe embravecido,
Bolsando ao ar os negros vagalhões,
No silêncio profundo e estarrecido,
A cantar as estrofes de Camões...

É quando, à luz amiga das estrelas,
O Mar saudoso e bom, o Mar profundo,
Julga, a sonhar, que embala caravelas
Que vão partir a devassar o Mundo!

Ficam-se os olhos húmidos, inquietos
A interrogar em vão a noite escura.
E eu sinto em mim a trágica amargura
Dos destinos falhados, incompletos....





Mas, numa aurora esplêndida e bendita
É então, é então que em mim desperta
E ao meu sangue novo ressuscita
O espírito da raça num alerta!

E no meu sangue, em turbilhões, a arder,
Em orgulho e em fé e esforço altivo,
Todas as glórias do Passado vivo,
Todo o passado canta no meu ser!...

...São primeiro os indómitos pastores,
Rudes, selvagens, livres, vagabundos,
Gigantescos, erguidos nos pendores
Das altas serras sob os céus profundos!...

Vejo-os além de mim, longe, na bruma,
Pelas encostas bárbaras da serra...
E olham receosos a nevada espuma
Dos braços do MAr cingindo a Terra...

Vejo-os cavando o solo... E o trigo cresce.....
— Olha as searas de oiro, os frutos loiros!...
As enxadas ao Sol, — olhai, — parece 
Que cintilam no ar como tesoiros...

Vejo-os por fim à beira-Mar, um dia,
Ouvindo as ondas cérulas cantar...
E já os tenta uma visão que erguia
Aos olhos deles a canção do Mar...

Vão-se à floresta... Brilham os machados...
E os troncos descem, mortos, sobre os rios...
Ei-los , na foz que se erguem, espantados,
Ei-los no ar, são mastros de navios...

Depois, — ó dia grande! — eu vejo  o Povo
Da minha Terra à beira-mar chorando...
É o doirado romper de um tempo novo!
São as velas, ao longe navegando!...

Pelo mar fora vão, pela ventura,
Levam somente a graça do Senhor!
De asas abertas, pela noite escura,
Nem as detém o próprio Adamastor...

Vede os mareantes, vede os vagabundos,
Percorrendo as longínquas solidões...
Dão ao mundo espantado novos mundos!...
Dão ao Futuro os versos de Camões!

Abrem a Idade-nova! E o mundo inteiro
Viu-se maior, mais rico ao despertar,
Pelo esforço do Povo-marinheiro
Que atravessara e dominara o Mar...

Grita em meu sangue a fúlgida eopeia,
Cega-me a luz a arder de tantos sóis,
Sobe do Mar da Glória a maré cheia,
o Sol aureola as frontes dos heróis!

E então em mim renasce o velho culto,
o antigo amor, a vida vencedora...
E em meus olhos ardentes passa o vulto
Duma Pátria a sorrir como uma aurora.

Pulsa irrequieto, a arder, meu sangue novo. 
Rasga-se ao meu olhar um alto fim!...
E toda a alma heróica deste povo
Sinto-a sonhar e delirar em mim...

Ah! como é bela a Vida ansiosa, inquieta,
Ah! como é grande e belo navegar!
— Sou marinheiro porque sou Poeta,
— Vinde comigo, vamos para o Mar!

Ah! como é bela a ânsia desmedida
Que nos dilata e peito, a estremecer,
E nos exalta e nos dilata a vida,
E nos levanta e diviniza o ser!

Ó meus avós — heróis da Descoberta,
Quero ir convosco pelos mares fora...
É a vossa alma que hoje em mim desperta,
É o cosso coração que sinto agora!

Vamos todos para o Mar!... Se acaso o Mundo
Estreito for pra tanta ansiedade,
Vamos às Índias que há no céu profundo,
Vamos cruzar, correr a Imensidade!...

Numa divina ânsia erguei os braços,
Livre já das algemas, para o Céu!
— Há muitos sóis brilhando nos espaços, —
Vamos roubá-los como Prometeu!...

Há mundos novos pra arrrancar à Treva,
Muitas venturas pra roubar à Dor...
— Partamos todos numa ardente leva,
Erguendo ao alto pavilhões de Amor!

No mar profundo e vasto do Futuro
Há muitas Índias para descobrir...
Vamos abrir à luz o Oceano escuro,
Vamos tocar às praias do Porvir!...

É embarcar e partir com ansiedade!
— Vamos buscar aos horizontes novos,
Índias-novas de Amor e liberdade,
E mais luz e justiça para os Povos!...

É olhar o Passado!— Olhai-o vós
Com bons olhos de Amor... E escutai!
— É toda a História que se escuta em nós,
— Vede a maré de glória que aí vai!

Deitais barcos ao Mar! Eh! — marinheiros!
Que esperais vós, então? — Vá, embarcar!...
— Nós somos inda os mesmos marinheiros,
— É este ainda o mesmo antigo Mar!

O mundo é sempre novo, — ó meus amigos!
E o Futuro é imenso e o Ideal...

— Embarquemos pra o Mar como os antigos,
— Que este é ainda o mesmo Portugal!




12-10-1911,  Augusto Casimiro