Thursday 9 December 2010

Particular Única e Singular Advogada e Protectora de Portugal

 A PADROEIRA DE PORTUGAL, Nª Sª DA CONCEIÇÃO, COM DIGNA  REPRESENTAÇÃO EM ALENQUER, ESTÁ QUASE ESQUECIDA.
      Perde-se no decurso dos séculos, o sentimento honroso a que obedeceu a criação solene de tomar como Padroeira de Portugal a Imaculada Conceição. Hoje, estamos porventura esquecidos, desde que a partir de 1917 se desviaram as intenções para o culto e devoção em honra de Nª Sª de Fátima, e de suas alegadas aparições aos pastorinhos da Cova da Iria, em duas ou três ocasiões desse distante ano.
    Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade,de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja , o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição. E em Alenquer ?. Lembramos para já e por agora a Igreja de Nª Sª da Conceição em Pereiro de Palhacana. ....
    A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:
- assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição...
    O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais própriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. ...
    Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.
    A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV...
O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".
    Regressando agora a Alenquer, .... Estas solenidades religiosas que começam a 8 e encerram a 10 de Dezembro    


Depois deste juramento, os reis de Portugal, não voltaram a colocar a coroa real sobre as suas próprias cabeças. :)))))    Memórias e Imagens: Dia da Imaculada Conceição
Ora vejam só!!!
Pena que sendo os reis, reis para toda a vida... mal se note a dignidade e significado de tal gesto... quanto a resultados práticos.
Mas se cada dia, os nossos chefes de estado, reis ou presidentes, reflectissem sobre tal ritual !.....

Pode-se procurar o que há de errado com o dogma católico... conservando o que há de significado verdadeiro na veneração do aspecto "feminino" do sobrenatural e divino.
Dizem protestantes e católicos que a virgem não foi livre do pecado original.
Pois bem.... 
A verdade é que TODOS nascemos sem o tal pecado....
mas num mundo cheio dele e o corpo já delimitado pelas consequencias da ignorância, como é a forma como nos alimentamos.
Pois não está no mesmo livrinho que fala do pecado original, do dilúvio para limpar tudo? 
Apenas herdamos o pecado, os erros, a ignorância e a sociedade construida sobre as consequencias destes erros desta ignorância e egoísmo, uns dos outros, dos que nos antecederam... dos que nos rodeiam.... dos que vamos imitando, do que vamos aprendendo e fazendo...
E, há a questão crucial da liberdade de não fazer o mal ao nosso próximo.